As queimadas que atingiram o Brasil entre maio e setembro de 2024 trouxeram consequências devastadoras para os animais e o meio ambiente. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, cerca de 11 milhões de hectares tenham sido queimados, afetando biomas essenciais como a Amazônia, o Pantanal e o Cerrado. Um acréscimo de 116% em comparação com 2023 conforme publicação da CNN Brasil
As condições de seca, exacerba as mudanças climáticas, criando assim um cenário perfeito para o alastramento descontrolado do fogo em áreas onde a queimadas ilegais para atividades agropecuárias são comuns, segundo dados publicados pela NASA Earth Observatory.
Esses incêndios não só destruíram vastas áreas de vegetação como também causaram a morte de animais. As estimativas que até setembro diversos animais ligados a atividade pecuária já morreram em incêndios no interior de São Paulo, 200 deles em um assentamento em Pradólandia.
Muitos animais então sendo encontrados mortos ou gravemente feridos, e com as queimadas os animais são forçados a migrarem para outras áreas sofrendo com a falta de comida e água. Cerca de 74 animais silvestres já foram resgatados e enviados para 26 centros de atendimento.
Organizações de resgate de animais enfrentam uma tarefa de tentar salvar a fauna atingida, o impacto a longo prazo é ainda mais preocupante. A destruição dos habitats compromete o futuro das espécies locais, que enfrentam desafios para encontrar abrigo e alimentação.
Os incêndios causam um desequilíbrio no ecossistema, afetando cadeias alimentares inteiras, prejudica a regeneração natural das florestas e dificulta a sobrevivência de pequenos animais que são base alimentar para espécies maiores. Este ciclo destrutivo coloca em risco todo o ecossistema.
As queimadas também resultaram no aumento de emissão de carbono. Nas últimas semanas, a cidade de São Paulo registou o ar mais poluído do mundo. Segundo informações da Agência Brasil e do Portal G1 só em São Paulo o prejuízo com queimadas passou de R$ 1 bilhão e em todo o país em torno de R$ 14 bilhões.
Proteger os biomas brasileiros se tornou uma ação de urgência, com ações como o reforço na fiscalização em regiões com risco de queimadas, estudo e mapeamento destas regiões, elaboração de plano de ação, além de reforçar a necessidade de punições mais duras para crimes ambientais, já que vem sendo observado que muitos focos de queimadas ocorreram de forma intencional e criminosa.
Agora, mais do que nunca, a preservação dos habitats naturais se tornou uma questão sobrevivência para a Fauna Brasileira.
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Fontes:
2024 Brazil Wildfires – Center for Disaster Philanthropy.
G1 – Queimadas ferem e matam cerca de 400 animais silvestres no Acre
Agência Brasil. Prejuízos com queimadas em SP passam de R$ 1 bilhão, diz governo.
FARIAS, J da CNN. Brasil teve 11 milhões de hectares queimados entre janeiro e agosto de 2024.
G1 – Incêndio destrói casas, plantações e mata mais de 200 animais em assentamento de Pradópolis, SP.
G1 – Número de animais mortos sobe para 44 desde o início da onda de incêndios no interior paulista, segundo Semil.